Na água em Doha e na Costa Norte de Oahu

Natação © Jefferson Bernardes 16OCT11medina

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Felizmente, o Brasil voltou a deixar de ser apenas o país do futebol. Este final de semana, viramos o país da natação. A delegação verde-amarela fez história em Doha, no Qatar, faturando dez medalhas na competição em piscina de 25 metros. Sete dessas medalhas de ouro, o que deixou o país em primeiro lugar na competição. O brilho maior foi o ouro feminino inédito de Etiene Medeiros, de 23 anos, nadando costas. Era uma boa promessa e virou uma estrela com direito a um recorde mundial para marcar sua conquista. Teve ainda a virada de Cesar Cielo no francês Florent Manaudou, nos 100m livres (havia perdido o ouro nos 50m, sua especialidade), e mais dois ouros individuais no nado de peito de Felipe França, com suas conhecidas saídas eficientes nas “filipinas”. Brilhou ainda Nicholas Santos, aos 34 anos, dando trabalho ao jovem Chad le Clos, o prodígio sul-africano. Nicholas ficou com a medalha de prata disputando e dando calor no nado borboleta ao campeão olímpico pela África do Sul. Os brasileiros não saíram do evento ainda sem levar três ouros nos revezamentos, sendo o último no encerramento das provas e em cima dos Estados Unidos de Ryan Lochte (destaque americano nos jogos olímpicos de Londres em 2012). A natação é uma beleza, um balé dentro d´água. Um dia volto a falar mais demoradamente sobre esse esporte ao qual me dedico a cada dia com mais gosto.

O ano da natação, poderá virar ainda o ano do surfe para o Brasil. Depois que Maya Gabeira apareceu como a primeira mulher a enfrentar ondas gigantes, Gabriel Medina surge como o mais novo talento entre nossos surfistas. Faz manobras com desenvoltura sem igual e é senhor de si com um domínio inacreditável da prancha. Ele estará a partir dessa segunda-feira brigando para trazer pela primeira vez o título mundial de surfe para o Brasil. A competição acontece em Pipeline, ou Banzai Pipeline, na Costa Norte da ilha de Oahu no Havaí. Um lugar que lembra Saquarema, com uma maior infra-estrutura obviamente (ainda que tenha muito do clima de Itaúna e das praias próximas). Como tem sido recorrente em outras etapas do circuito mundial de surfe, teremos transmissão ao vivo e on-line no endereço no youtube da Associação dos Profissionais de Surfe (Association of Surfing Professionals, ou ASP, em inglês). Será uma beleza poder testemunhar em tempo real o que está acontecendo em Pipeline, como já foi possível fazer nas demais paradas do tour Mundial de Surfe em competições em Teahupoo, no Taiti, em Landes, na França, e nas outras praias do circuito ao redor do mundo em Portugal, África do Sul, Estados Unidos e Brasil. Gabriel Medina, com 20 anos e 56.550 pontos, tem o australiano Mick Fanning, com 33 anos e 53.100 pontos como seu mais direto adversário pelo título. Fanning foi por 3 vezes campeão mundial (inclusive em 2013; está portanto defendendo o título). O outro concorrente é Kelly Slater, 42 anos, 50.050 pontos, e 11 títulos mundiais em seu currículo. Gabriel Medina tem grandes chances de sair da água com o título inédito para o Brasil.

Sobre Marcos Pedrosa de Souza

Marcos Pedrosa de Souza é professor da Fundação Cecierj. Tem formação em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e em letras pela Universidade Santa Úrsula. É mestre e doutor em letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi colaborador de O Globo e de outros jornais e revistas. Foi professor do IBEU, da Cultura Inglesa e da Universidade Estácio de Sá.
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Uma resposta para Na água em Doha e na Costa Norte de Oahu

  1. landicarol disse:

    Texto fantástico. Boas lembranças de Oahu. 🙂

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