O Ciber-Futurismo-Retrô Faustiano

51574635_2313490725537731_3660380200069234688_n.jpgHá mais coisas na produção cultural do senhor Fausto Cardoso do que possa sonhar o nosso vão conhecimento sobre a fáustica literatura ciber-futurista-retrô-em-rap do autor de “Rio 40 Graus”. Além do que já comentamos em postagem anterior, fomos lembrados que ele ainda tem peças em parceria com Hamilton Vaz Pereira (“Olhos Ardentes”, 1985, “Amizade de Rua”, 1986, e “Ataliba, a Gata Safira”, 1987) e Henrique Tavares (“Cidade Vampira”, 2006). Com este último, realizou também uma série televisiva, “Vampiro Carioca”, feita para o Canal Brasil e que se desdobrou no filme “Vampiro 40o.”. Há ainda as músicas com Dado Villa-Lobos, Skank, Rogério Skylab e Leela.

Teve uma hilariante revista-CD intitulada “Copacabana Lua Cheia”, um romance interessante ainda que sem o mesmo fôlego de “Favelost”, o “Pororoca Rave” (Tinta Negra, 2015), que também ficaram esquecidos. O romance acabou nos levando de volta ao “Santa Clara Poltergeist”, primeiro livro de Fawcett que impressionou em uma segunda leitura. O encontro entre o Negão paulista eletroblack e a catarinense Verinha Blumenau, convertida em Santa Clara Poltergeist, é um momento de extrema criatividade e novidadeiro para a literatura brasileira da década de 1980. Tudo informado pelas ótimas e ecléticas influências citadas como suas pelo próprio autor em entrevista. Começaram com a Rádio Relógio e a Galeria Silvestre, que iluminaram a infância do escritor, e se estenderam a Henry Miller, Augusto dos Anjos e Dalton Trevisan.

Libera Bruce Lee

Entrevista com o escritor

Leela com Fawcett

Sobre Marcos Pedrosa de Souza

Marcos Pedrosa de Souza é professor da Fundação Cecierj. Tem formação em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e em letras pela Universidade Santa Úrsula. É mestre e doutor em letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi colaborador de O Globo e de outros jornais e revistas. Foi professor do IBEU, da Cultura Inglesa e da Universidade Estácio de Sá.
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